No passado dia 24 de Março, a EPALC – Escola Profissional António do Lago Cerqueira, realizou, no âmbito de um ciclo de conferências temáticas que tem vindo a promover, um debate acerca das vantagens da formação profissional como opção segura para quem estuda para o trabalho.
Para Fernando Moura e Silva, que abriu a conferência, começou por questionar a plateia se “vale a pena investir em formação? A resposta não podia ser mais óbvia: sim, vale!
Referiu que as Escolas de Ensino Profissional, vocacionadas para um ensino de aquisição de qualificações e competências, com uma carga horária relevante de formação em contexto de trabalho e exigência nas disciplinas científicas, como a prática de excelência formativa que se verifica nesta escola, EPALC, são, sem reservas, o instrumento facilitador de inserção dos jovens na vida ativa.
Vivemos numa sociedade aberta, com uma economia globalizada, competitiva e muito exigente. Os menos preparados são presas fáceis para a exclusão.
A aposta em cursos de formação profissional, como por ex. os lecionados aqui na escola, bem como o investimento em formação, permite uma melhor preparação para o trabalho. Considerando que o conceito de empregabilidade está associado à oportunidade e à capacidade na aquisição de competências, conhecimentos e habilitações, está comprovado que estes jovens estão mais disponíveis para as constantes necessidades de formação e adaptação às necessidades laborais das empresas.
Se as disparidades no grau de formação da população, e dos jovens em particular, geram assimetrias nas oportunidades de emprego, a dificuldade atenua-se de acordo com o grau de conhecimento e formação profissional.
Precisamos claramente de definir políticas de opção pelo ensino de formação profissional, como recentemente o Governo anunciou.
A escola tem de deixar de ser uma fábrica de alunos. As escolas profissionais podem, e devem, ser bom contributo para que a escola de massas, onde um professor ensina ao mesmo tempo e no mesmo lugar centenas de alunos, modelo que nasceu com a revolução industrial mas resistiu até aos nossos dias, perceba que em dois séculos, mudou a sociedade, mudaram os estudantes e mudou o mercado de trabalho.
Moura e Silva, acrescentou, necessitamos que a escola assuma determinantemente a questão de contribuir para essa evolução, como aqui estamos a fazer, não preparando apenas os cidadãos para a vida, mas dotando-os das ferramentas do conhecimento para a sua integração plena, de vivência e cidadania, de realização pessoal e profissional.
Vivemos tempos difíceis e de muita exigência. Hoje, a formação profissional e a procura pelo conhecimento passou a ser mais que um diferencial na formação das pessoas/jovens. A formação deve ser constante e passou a ser requisito básico e indispensável para qualquer pessoa que queira manter um alto nível de empregabilidade, num mercado de trabalho muito competitivo que exige qualificações e atualização a todo instante.
É o que se faz na EPALC.
De seguida usou da palavra o Dr. Carlos Oliveira, do CLDS, Projeto Teia+, que tem uma vasta experiência nesta temática, e que tem vindo a articular com muita proximidade com as escolas.
Depois de uma apresentação em que mostrou as principais atividades económicas do concelho e da região da CIM Tâmega e Sousa, com forte incidência no sector primário e secundário, interrogou-se e aos presentes as razões que levam os jovens para opções de formação que se desviam destes importantes sectores económicos.
Disse de seguida, no contexto regional Amarante tem taxas de opção pela formação profissional ligeiramente acima da média, há concelhos com bastante menor percentagem, mas os nossos jovens precisam de reforçar a opção pelo ensino secundário de formação profissional. Esta escola, a EPALC, é uma boa opção.
Continuou, a formação profissional de grau secundário, como a lecionada nesta escola deve também ser encarada como uma etapa para futuros níveis de ensino superior profissional. Sei que a formação que estais a adquirir vos dá ferramentas competitivas para o mercado de trabalho, mas a formação deve ser constante, e será muito bom que cada um de vós adquira grau superior, mesmo que o façam em regime de trabalhador estudante.
Terminou, reforçando a ideia anteriormente referida; façam a leitura e análise objetiva do mercado de trabalho. O vosso futuro dependerá muito das vossas escolhas. A sua comunicação foi de constante interação com os jovens.
Nota final; os alunos participaram de forma atenta e interessada e manifestaram agrado pela opção feita.
