DOCUMENTO BASE/PROJETO EDUCATIVO

 

Nome da entidade formadora

EPALC – Escola Profissional António do Lago Cerqueira

Morada e contactos da entidade formadora

Rua da Escola, nº 32

4600-789, Amarante

Telefone: 255 098 383

E-mail: geral@epalc.pt

Nome, cargo e contactos do responsável da entidade formadora

Fernando José de Moura e Silva – Diretor da Escola/Presidente da Direção

Telefone: 938 881 946

E-mail: insticoop.direcao@gmail.com

 

Índice

 

Preâmbulo.

  1. Projeto EPALC – Educação e formação.

1.1.      Uma escola identificada com a sua região.

1.2.      História.

1.3.      Entidade proprietária.

  1. Enquadramento.

2.1.      Caracterização da intervenção da EPALC.

  1. Caracterização da EPALC.

3.1.      Missão.

3.2.      Visão.

3.3.      Valores.

3.4.      Política de qualidade.

3.5.      Cultura.

3.6.      Objetivos.

  1. Contextualização das áreas de intervenção da EPALC.

4.1.      Contextualização das áreas de intervenção.

4.2.      Justificação da oferta.

4.3.      Enquadramento europeu, nacional e regional

  1. Estrutura organizacional

5.1.      Organograma.

5.2.      Equipa formativa.

5.3.      Corpo não docente.

5.3.1.       Corpo discente.

5.4.      Pais / Encarregados de educação.

5.5.      Parcerias e protocolos.

  1. Identificação dos stakeholders.
  2. Responsabilidades no âmbito da garantia da qualidade.
  3. Responsabilidade no âmbito da garantia da qualidade e indicadores em uso.
  4. Explicitação da estratégia de monitorização de processos tendo por em conta as fases do ciclo de qualidade.
  5. Análise integrada dos resultados dos indicadores.
  6. Diagnóstico estratégico.
  7. Metas e estratégias para o triénio 2020-2023.
  8. Avaliação do projeto educativo.
  9. Conclusão.

 

À Comunidade EPALC

A EPALC – Escola Profissional António do Lago Cerqueira tem ao longo da sua existência mantido um critério de prioridade num modelo educativo baseado na inovação, relação ativa entre professores e alunos, envolvendo toda a comunidade na transmissão de conhecimento e no desenvolvimento de competências para um futuro de sucesso dos jovens que optaram por esta escola para a sua formação.

O projeto educativo, que agora se aprova, é o somatório do melhor das experiências vividas nos anos anteriores, e pretende ser um documento de identidade e planeamento institucional estratégico da escola, com projeção para um futuro temporário de 2019 a 2023, elaborado de acordo com o estabelecido legalmente e incorporando critérios de garantia da qualidade do serviço de educação e formação prestado, dado estar de acordo com o quadro EQAVET – certificação de qualidade atribuída pela ANQEP. O propósito da direção e de toda a comunidade escolar é de que o projeto educativo pretende representar um verdadeiro plano estratégico para o desenvolvimento do modelo da organização escolar, no quadro de operacionalização do nosso modelo de gestão e autonomia da Escola, sendo também propósito que este documento consagre a orientação educativa. Neste sentido, o Projeto Educativo deve ser entendido como um documento pedagógico, aberto à inovação e flexível à criatividade, dinâmico, concebido sob a coordenação da Direção da Escola e com o envolvimento da comunidade educativa que, de forma empenhada, explícita e concreta, interpretaram os objetivos e decidiram o percurso e os processos a implementar, de forma faseada e articulada, garantindo a coerência e unidade para o êxito do processo formativo.

Pode afirmar-se que o projeto educativo “cria e define a matriz pedagógica e funcional de suporte” que será complementada, entre outros documentos, pelo Regulamento Interno e pelo Plano Anual de Atividades, sendo o primeiro um documento mais estratégico e orientador enquanto os dois últimos são documentos operacionais.

A Direção da Escola, está convicta, do modo como construiu o projeto educativo, garantiu a unidade e coerência do processo assim como o respeito pela legislação aplicável ao ensino profissional e às Escolas Profissionais privadas, contribuindo para dignificação desta opção formativa.

Presidente da Direção

Fernando Moura e Silva

 

Aos alunos da EPALC

Ser jovem, nos tempos de hoje, não é fácil. Implica muito esforço, empenho e dedicação. A juventude é um tempo abençoado para o jovem, é um momento precioso. Como fase de desenvolvimento da personalidade, o tempo da juventude é marcado pelos sonhos, pelas relações que e criam e desenvolvem, em consistência e equilíbrio, por tentativas, experiências e opções que constroem, gradualmente, um projeto de vida.

A palavra “inquietude” resume muitos dos sentimentos dos corações dos jovens e é uma das razões que os impulsiona a seguir um caminho. A inquietude insatisfeita associada á busca incessante pelas novidades que assomam o horizonte, abrem caminho á ousadia que os impele a tomar as rédeas da sua própria vida e a tornar-se responsáveis pelas suas escolhas e pelo seu caminho.

Falar de jovens é falar de esperança no futuro, de uma promessa de vida, repleta de sonhos e de vontade de conquistas. E por isso devemos preservar o caminho dos sonhos. Os sonhos mais belos conquistam-se com esperança, paciência e determinação. É necessário muita dedicação e perseverança para conquistar os vossos sonhos. Nem sempre este caminho será fácil, nem sempre ireis conseguir conquistas, logo na primeira tentativa, mas não renuncieis ao melhor da vossa juventude, não vos acomodeis ao facilitismo, não fiqueis a ver a vida a passar, sentados num sofá agarradas ao ecrã de um qualquer dispositivo eletrónico. Ainda que vos enganeis, arriscai! Não sobrevivais com a alma anestesiada, nem olheis o mundo como fossem uns meros turistas. O futuro, está nas vossas mãos. Valorizem todas as experiências e aprendizagens do dia a dia, para se engrandecerem enquanto seres humanos.

A melhor forma de preparar um bom futuro, é viver bem o presente, com dedicação e generosidade.

A EPALC orgulha-se de contribuir para o vosso crescimento pessoal e profissional.

 

A Diretora Pedagógica

Ana Isabel Ferreira

 

Preâmbulo

 

O Projeto Educativo é, tal como o Regulamento Interno e o Plano Anual de Atividades (PAA), um instrumento de autonomia da Escola, de acordo com o estabelecido no Regime de autonomia, administração e gestão aprovado pelo Decreto Lei nº 75/2008 de 22 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto Lei nº 137/2012 de 12 de Julho.

De acordo com o ponto nº 1 do artigo 9º do Decreto acima citado, o Projeto Educativo em um documento “ que consagra a orientação educativa (…) da escola não agrupada, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo as quais (…) a escola não agrupada se propõe a cumprir a sua função educativa.”

Este Projeto Educativo, atualiza o anterior Projeto Educativo, na definição dos seus objetivos, estratégias e metas, redefinindo o perfil da escola e reforçando o empenho e o envolvimento da comunidade educativa, neste projeto.

O Projeto Educativo é um documento orientador que pretende integrar o esforço individual numa dimensão coletiva destinada a proporcionar aos alunos as melhores oportunidades de aprendizagem. Nesta perspetiva, pretende-se desenvolver uma organização com objetivos claros, onde se promovam os curriculo orientados por princípios, atitudes, valores, finalidades e estratégias, que confiram à Escola um clima e uma cultura próprios e adequados ao processo educativo dos seus alunos. Em termos concretos, o Projeto Educativo não é mais do que um documento orientador da comunidade educativa, muito particularmente dos pais ou encarregados de educação, alunos e professores, agregador das políticas da escola relativamente aos grandes temas curriculares: socioculturais, científicos, tecnológicos, ambientais e de cidadania.

Trata-se de um instrumento flexível e dinâmico que deve dar resposta às necessidades, problemas e expetativas da comunidade educativa, e enriquecer-se com as sugestões que sejam propostas. Considerando a melhoria dos resultados do anterior PE, optámos por continuar a centrar a nossa atenção em cinco grandes áreas específicas de intervenção, a saber: “As Aprendizagens”, “Atitudes e Valores”, “Trabalho Colaborativo dos Docentes”, “Parcerias Empresariais e Institucionais” e “Encarregados de Educação”.

 

 

A fim de dar melhor cumprimento às metas estabelecidas, acrescentaram-se mais alguns objetivos específicos e estratégias para cada uma das áreas, contribuindo assim para um procedimento cada vez mais uniformizado que vise atingir os resultados de um modo mais eficaz, tendo sempre como meta principal o grande tema globalizante de toda a nossa atividade – MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO PROFISSIONAL.

 

Nota: O projeto educativo foi elaborado com base na legislação em vigor, sendo aprovado pelos órgãos competentes da EPALC, acompanhado dos pareceres do Conselho Pedagógico e do Conselho Consultivo, para um horizonte temporal de 4 anos (2019 a 2023) e aberto à sua reformulação e revisão, sempre que necessário. Será divulgado por todos os agentes da comunidade escolar.

 

1.     Projeto EPALC – Educação e formação

1.1.  Uma escola identificada com a sua região

 

Impulsionada pelas instituições que estão na sua origem, a EPALC, representa um forte investimento das forças vivas da região no desenvolvimento do ensino profissional. A EPALC aposta na inversão de fatores concelhios negativos tais como o insucesso, o abandono escolar e o êxodo dos jovens, características que teimam em manter-se como elementos identificativos da interioridade. Propõe-se proporcionar alternativas de formação à população jovem, diversificando a qualificação dos recursos humanos existentes e preparando-os para as novas realidades empresariais, económicas e sociais do território em profunda transformação, decorrente de múltiplos investimentos industriais em curso.

 

1.2.  História

 

A EPALC – Escola Profissional António do Lago Cerqueira, sucedânea de duas escolas profissionais, Escola Profissional de Vitivinicultura António do Lago Cerqueira e Escola Nacional de Artes e Ofícios de Amarante, é um estabelecimento de ensino certificado desde 1991, integrado na rede escolar, e vocacionado para o ensino profissional secundário.

Ao longo destes 26 anos de história, alguns milhares de alunos passaram por esta escola, e aqui encontraram a excelência da formação profissional, de valorização cívica e humana, ferramentas indispensáveis para a sua realização enquanto cidadão e elemento ativo do desenvolvimento económico e social.

Este propósito continua vivo nas relações humanas, entre professores, alunos e colaboradores, e na vontade de formar homens e mulheres para a vida plena.

Firmes e determinados queremos continuar este caminho, atentos às necessidades do mercado de trabalho, abertos a novas formas de ensino e a uma aposta constante na inovação e empreendedorismo, opção pela excelência da formação científica e profissional, e valorização dos parceiros na formação em contexto de trabalho.

Temos um só objetivo: contribuir para a realização futura e plena dos nossos alunos.

1.3.  Entidade proprietária

 

O Insticoop – Instituto Internacional Cooperativo de Formação Profissional, CRL, do sector de ensino particular e cooperativo, de nível não superior, é a entidade proprietária/ detentora do alvará e gestora da EPALC, desde Janeiro de 2015.

A entidade proprietária da EPALC é a o INSTICOOP com sede em Rua Júlio Dinís, nº 947, 6º andar, 4050-327 Porto.

O seu objetivo estatutário é promover o desenvolvimento económico, social, cultural, científico, tecnológico e profissional da comunidade local, regional e nacional, através da realização ou do patrocínio de atividades de ensino, de educação, de cultura, de investigação, de inovação, de formação profissional e de solidariedade social, regendo-se pelo Decreto-Lei no que à organização, funcionamento, tutela e fiscalização respeita e pelos seus estatutos e regulamento interno, aprovado em Assembleia Geral, no que se refere a outros aspetos.

 

2.     Enquadramento

 

O ensino profissional em Portugal, encontra-se ainda, numa fase muito embrionária, o que pressupõe que há muito potencial por descobrir, nesta área. Nos países nórdicos (referencia como modelos de ensino), o ensino profissional está enraizado e é fortemente considerado como uma mais valia para o sistema económico.

Em Portugal, ainda se estão a dar os primeiros passos no que concerne ao ensino profissional, até agora desvalorizado pelo sistema educacional, social e económico. É uma vertente fundamental de qualquer País que procure sustentabilidade de quadros de empresas, através de mão de obra qualificada, capaz de corresponder profissionalmente, aos desafios diários e exigências constantes implícitas na dinâmica de uma entidade empresarial.

Atualmente, a EPALC constitui uma aposta renovada de formação profissional no concelho onde está inserida. Este espaço comunitário, define e contribui para o modelo de formação da EPALC que apresenta um subsistema modular alternativo ao sistema regular de ensino, que oferece uma multiplicidade de opções conducentes à fixação da população jovem, que cada vez mais procura este projeto de formação.

Do ponto de vista legal a Escola EPALC é uma instituição de ensino privado, regulada pela legislação aplicável.

 

2.1.  Caracterização da intervenção da EPALC

 

Considerando que a organização da formação implica a sua interligação e atuação nos diferentes domínios que são a estrutura da atividade de uma Escola, identificam-se assim, os objetivos específicos subjacentes á intervenção da EPALC:

  1. Estudo e diagnóstico das necessidades de formação;
  2. Planeamento e organização das atividades formativas e educativas;
  3. Conceção e implementação de programas, instrumentos e suportes formativos;
  4. Desenvolvimento e execução das atividades formativas, educativas e de certificação;
  5. Acompanhamento e avaliação das atividades formativas e de certificação,
  6. Desenvolvimento de outras atividades e formas de intervenção a nível do domínio socio cultural ou pedagógica, preparatórias e complementares das atividades formativas e da inserção no mercado de trabalho;
  7. Implementação do Sistema de Garantia da Qualidade, alinhado com o EQAVET;
  8. Solidificação das relações institucionais existentes, bem como a procura da concretização de novas parcerias e protocolos.

 

3.     Caracterização da EPALC

3.1.  Missão

 

A EPALC tem como missão organizar a formação nos diversos níveis de educação e formação integrados em percursos diversificados de qualificação profissional, com vista a dotar os jovens e adultos dos saberes e competências profissionais e de cidadania que lhes propiciem uma melhor inserção no mundo do trabalho em estreita articulação com o tecido económico e social, particularmente na realidade sócio económica da região onde se insere.

 

3.2.  Visão

 

A EPALC tem como visão ser um centro de formação inovador de aprendizagem integral, que educa para a cidadania global, com uma gestão colaborativa e sustentável, promover e organizar a formação profissional tendo como referência os projetos mais avançados e consistentes que se desenvolvem nos países da União Europeia e da OCDE.

 

3.3.  Valores

 

Vivemos numa sociedade em constante mudança, que exige adaptações permanentes aos desafios diários que nos são apresentados. A necessidade de mudança e adaptabilidade são conceitos fundamentais para acompanhar a evolução social.

Assim sendo, é fundamental repensar o conceito de escola e procurar refletir sobre o seu atual modelo; sobre o seu modelo organizativo e sobre as correlações existentes entre os seus atores principais que são os professores, alunos, encarregados de educação, entidades públicas locais e meio socioeconómico envolvente, cientes da importância primordial do papel da família eixo principal e decisivo para o êxito do futuro dos alunos.

Por isso, devemos repensar o que na nossa organização deve ser equacionado e alterado, no sentido de colocar a instituição educativa no papel que lhe é devido numa sociedade livre e democrática, contribuindo para a formação/instrução da população, proporcionando aprendizagens que os enriqueçam enquanto seres humanos, providos de valores de respeito e consideração.

São estes os valores que consideramos fundamentais transmitir aos nossos jovens de forma a concretizarem as expectativas de sonhos e esperança no futuro, que lhes são legítimas. E é com este objetivo que a Escola Profissional António Lago Cerqueira contribui para a realização pessoal e profissional dos alunos, transmitindo-lhes confiança nas suas escolhas, transformando fragilidades em forças, dificuldades em vitórias pessoais e coletivas, contribuindo para a conquista da sua plena da cidadania, que perdurará pela sua vida fora.

 

 

3.4.  Política de qualidade

 

A EPALC definiu a sua Política da qualidade, de acordo com os seguintes princípios:

  • Ser uma Escola de Excelência em Humanização, Ensino e Cultura que integre a comunidade global contribuindo na formação de lideranças capazes de cooperar na formação de uma sociedade futura;
  • Proporcionar os mecanismos de aproximação entre a escola e o mundo do trabalho, nomeadamente a planificação, realização e avaliação de formação em Contexto de Trabalho;
  • Proporcionar o desenvolvimento individual dos seus colaboradores criando condições para a dinâmica e enriquecimento da organização;
  • Prestar serviços educativos à comunidade na base de uma troca e enriquecimento mútuos;
  • Contribuir para a realização pessoal dos jovens e adultos, proporcionando a preparação para a vida ativa;
  • Proporcionar a formação integral e integrada dos jovens e adultos, qualificando-os para o exercício profissional e para o prosseguimento de estudos;
  • Analisar necessidades de formação locais e regionais e proporcionar as respostas formativas adequadas;
  • Contribuir para o desenvolvimento social, económico, Ambiental e cultural da comunidade;
  • Cumprir todos os requisitos legais aplicáveis;
  • Assegurar o comprometimento das Partes Interessadas na implementação do quadro EQAVET;
  • Proteger o meio Ambiente dirigindo os seus esforços para a procura de uma maior Sustentabilidade ambiental.

 

3.5.  Cultura

 

A EPALC tem para o desenvolvimento da sua atividade uma cultura assente no rigoroso desempenho de todos os seus colaboradores e com quem se relaciona para interesses comuns, exigente na qualidade das áreas que leciona considerando que o ensino profissional ocupa um papel determinante na construção do futuro da sociedade em geral, no respeito pelas normas inerentes ao sistema de garantia da qualidade, no respeito pelos direitos humanos, na defesa do ambiente e do património natural e construído.

Educação para os Valores:

Considera como realidade subjacente à ação educativa, os valores no que eles têm de permanente e transitório, bem como, a inserção desses valores na comunidade de que fazem parte. A cidadania, o interculturalismo, a liberdade de todos e de cada uma, o livre arbítrio para fazer as suas escolhas, a responsabilidade nas suas ações e atitudes, o respeito pelos outros e pelas instituições, o conceito de igualdade e a solidariedade, assumem lugar de destaque no universo deste nosso projeto.

Educação Funcional:

A EPALC procura dotar os seus alunos, para além dos conhecimentos técnico-pedagógicos, de “soft skills” com a finalidade de preparar o seu caminho profissional. Assim sendo, perspetiva a ação educativa não em função de si mesma, mas sim em função da vida dos alunos, como forma de estimular e orientar o seu desenvolvimento pessoal, no sentido de adequar a sua capacidade de resposta às exigências da sociedade a que pertencem.

Educação Significativa:

Pretende situar a ação educativa ao nível da experiência pessoal dos alunos e dela partir para uma consciencialização da finalidade do trabalho a realizar, valorizando as raízes culturais da comunidade. As atividades propostas pretendem contribuir para a valorização do património natural e cultural, articulando conhecimentos históricos, culturais e científicos, cultivando o gosto pela recolha de tradições, gastronomia e manifestações socioculturais. Neste campo valorizam-se não só os projetos decorrentes do plano anual de atividades interno, mas também projetos internacionais.

 

Educação Digital:

Pretende-se a utilização dos recursos existentes ao nível das novas tecnologias de informação em função de uma prática educativa mais atrativa e comunitária, baseada na investigação e na partilha de experiências. Deseja-se, ainda, inovar ao nível do processo de ensino- aprendizagem, utilizando plataformas educativas em contexto de aula e/ou e-learning, digitalizando e disponibilizando conteúdos em plataformas educativas, resultantes da mobilização dos docentes na criação de ambientes educativos inovadores e interativos. As atividades previstas passam pela atualização da página da escola, formação para o uso do software moodle, de quadros interativos e outros. Acresce que a pertença ao universo das Escolas Microsoft constituí responsabilidade acrescida na assunção de uma atitude disruptiva face às práticas da escola do século XX. Valorizar e incluir no processo educativo o know-how tecnológico dos nossos alunos, será o mais importante dos desafios a assumir coletivamente.

Educação para a Sexualidade, Saúde e Bem-estar:

Tendo em conta que a ação educativa deve prever a formação integral dos alunos, é proposto às escolas o desenvolvimento de projetos de educação afetivo-sexual transversal a todos os ciclos de ensino. A Educação para a sexualidade e para os afetos é entendida como uma área essencial do processo educativo, não devendo, por isso, ser reduzida às componentes biológica e de prevenção de comportamentos de risco, mas antes promotora do desenvolvimento equilibrado da personalidade no que respeita às suas componentes psíquica, emocional e comportamental. Atendendo ao enquadramento estatístico dos dados relativos à violência, nomeadamente, a violência no namoro, urge enquadrar de forma continuada e sistemática nos PAA, realizações diversas, que promovam a reflexão e a aprendizagem do respeito pelo outro/outra.

Educação Ambiental / Desenvolvimento Sustentável:

A educação ambiental é assumida numa perspetiva mais abrangente, não se restringindo à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. A automatização de pequenos/grandes comportamentos individuais como a separação de resíduos ou a eficiência energética, constituirão o ponto de partida para um debate mais global sobre alterações climáticas e defesa do planeta.

 

Educação Profissional / Empreendedorismo:

A educação profissional assenta na formação de competências, habilidades, conhecimento e atitudes necessárias para o ingresso no mercado de trabalho. Assim sendo, consideramos fundamental proporcionar aos alunos uma interação constante com o mercado de trabalho e as empresas como forma de proporcionar conhecimentos mais práticos e conjugação dos conhecimentos teóricos, bem como a possibilidade de equacionarem hipótese futuras para projetos de empreendedorismo.

Educação Inclusiva:

A educação inclusiva demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhum jovem deve ser separado dos outros por uma diferença ou necessidade especial. Do ponto de vista pedagógico, esta integração favorece o desenvolvimento conjunto, com vantagens recíprocas. A obrigatoriedade do cumprimento da escolaridade obrigatória de 12 anos, impõe à instituição escola respostas educativas legalmente enquadradas e individualmente inovadoras. A inserção dos nossos alunos NEE, constitui um desafio de promoção de estratégias e recursos educativos especializados, no sentido de proporcionar a todos os jovens, independentemente das suas dificuldades, uma educação de qualidade, pautada pelos princípios da flexibilização e da diferenciação pedagógica.

 

3.6.  Objetivos

 

São objetivos da EPALC:

  1. Contribuir para a formação integral dos jovens, proporcionando-lhes, designadamente, preparação adequada para um exercício profissional qualificado;
  2. Desenvolver mecanismos de aproximação entre a escola e as empresas/instituições económicas, profissionais, associativas, sociais e culturais, do meio sócio económico onde se insere;
  3. Facultar aos alunos contactos com a realidade do mercado de trabalho e experiência profissional, preparando-os para uma adequada inserção socioprofissional;
  4. Promover, conjuntamente com outros agentes e instituições locais, a concretização do projeto de formação de recursos humanos qualificados, adequado às necessidades do desenvolvimento equilibrado do país, particularmente no âmbito das necessidades regionais e locais;
  5. Facultar aos alunos uma sólida formação geral, pedagógica, científica e tecnológica e de competências sociais, capaz de os preparar para o exercício de funções no mercado de trabalho ou prosseguimento de estudos.
  6. Prestar serviços educativos à comunidade na base de uma troca e enriquecimento mútuos;
  7. Analisar necessidades de formação locais e regionais e proporcionar as respostas formativas adequadas;
  8. Contribuir para o desenvolvimento social, económico e cultural de forma equilibrada e consistente da comunidade.

São objetivos específicos:

  1. Aumentar as taxas de conclusão;
  2. Diminuir as taxas de desistência;
  3. Aumentar a taxa de empregabilidade após o término do curso;
  4. Aumentar a taxa de prosseguimento de estudos dos alunos diplomados;
  5. Aumentar a taxa de alunos empregados a desenvolver atividade na sua área de formação;
  6. Aumentar o grau de satisfação dos empregadores;
  7. Aumentar os contactos com os alunos diplomados e empregadores;
  8. Aumentar o número de parcerias;
  9. Diminuir a taxa de absentismo.

4.     Contextualização das áreas de intervenção da EPALC

 

O Ensino Profissional tem sido, até à data, uma das principais atividades formativas da EPALC, envolvendo um número significativo de alunos e professores.

Os Cursos Profissionais constituem um subsistema do Ensino Secundário juridicamente regulado pelo Decreto-Lei 4/98 de 8 de janeiro, conferindo uma equivalência escolar correspondente ao 12.º ano e uma qualificação de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações. Deste modo, embora a integração no mundo do trabalho constitua a sua finalidade fundamental, a equivalência escolar possibilita aos jovens o prosseguimento de estudos.

As disciplinas dos Cursos Profissionais estão agrupadas em três áreas de formação e estruturadas segundo uma estrutura modular. A modularização determina métodos específicos de ensino-aprendizagem, assim como modalidades específicas de avaliação; a progressão ocorre, deste modo, de acordo com os ritmos diferenciados de aprendizagem dos alunos.

O regime de progressão adotado no Ensino Profissional termina com a Prova de Aptidão Profissional, trabalho que assume a natureza de projeto transdisciplinar, em que se evidencia uma dimensão teórica, integradora dos saberes adquiridos e uma dimensão prática, em estreita ligação com o contexto de trabalho.

Os cursos profissionais ministrados nesta Escola valorizam o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão em articulação com o tecido empresarial local/regional.

Considerando que, é nosso objetivo também, adequar as nossas Ofertas Formativas às necessidades e exigências do tecido empresarial local, contribuindo de forma assertiva e eficaz para o desenvolvimento das empresas existentes na região, através da criação de quadros técnicos intermédios dotados de excelentes capacidades técnicas, pessoais e profissionais que colaborem no processo de alavancagem e de prosperidade empresarial, transformando-se num elo fundamental no sucesso empresarial e regional.

Atendendo à oferta empresarial, da região de Amarante, a EPALC propõe-se a formar quadros intermédios, relacionados com os cursos aprovados pela DGEST e em funcionamento:

  • Técnico de Termalismo;
  • Técnico de Logística;
  • Técnico de Comércio.

Para formação equivalente ao 9º ano, a EPALC apresenta a oferta formativa CEF T3 – Operador de Logística.

Não obstante, é objetivo da Direção da EPALC, apresentar candidaturas para novas ofertas formativas enquadradas com a realidade sócio económica e de desenvolvimento empresarial da Região do Tâmega e Sousa.

4.1.  Contextualização das áreas de intervenção

 

A EPALC – Escola Profissional António Lago Cerqueira, tem como principal área de atividade formativa, o Ensino Profissional.

Assim sendo, a EPALC intervém ao nível da promoção de atividades de educação, formação e de nível básico e secundário, inicial e contínua e reconhecimento de competências escolares e profissionais, em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 92/2014 e demais legislação aplicável, designadamente o Regulamento Geral Proteção de Dados (RGPD) e as Medidas de Autoproteção e Segurança.

Procura desenvolver ações que procurem dar resposta às necessidades que, localmente, venham a ser identificadas pelos agentes económicos e pelas entidades públicas.

O desenvolvimento de ações no âmbito do sector social, em geral, e da solidariedade social, em particular, desenvolvendo, designadamente, na organização de formação dirigida a públicos desfavorecidos marcados por fenómenos de abandono e insucesso escolar;

A organização das atividades educativas e formativas tendo subjacente as orientações em matéria de autonomia, flexibilidade curricular, inclusão e o Sistema de Garantia da Qualidade alinhado com o EQAVET.

 

4.2.  Justificação da oferta

 

Ao integrarem o mercado de trabalho, os alunos são o elemento ativo da participação da EPALC no desenvolvimento local e regional, na medida em que respondendo às carências de mão-de-obra qualificada e duplamente certificadas na região, fomentam a criação de emprego e fixação dos jovens.

A definição da oferta formativa da EPALC é efetuada com base na concorrência e na oferta já existente, sem esquecer o facto de a maioria dos alunos ser oriunda de freguesias que constituem o município e ainda de freguesias limítrofes e das lacunas existentes ao nível da qualificação no mercado de trabalho atual e futuro.

Consciente das mudanças provocadas pela globalização e da necessidade de adequar a oferta formativa às exigências de uma sociedade da comunicação e do conhecimento, a EPALC sente necessidade de ajustar a sua oferta formativa às solicitações europeias, nacionais, regionais e locais.

 

4.3.  Enquadramento europeu, nacional e regional

 

Na definição do contexto da oferta formativa, a EPALC rege-se pelo paradigma legislativo nacional e internacional, que se encontra em vigor e que contempla o DL nº 396/2007 de 31 de dezembro da ANQEP; o DL nº 266-F/2012, artº3 da DGEST; e o DL nº75/2013, de 12 de setembro da CIM Tâmega e Sousa.

O relatório Employment and Social Developments in Europe (2015) que estabelece ser necessário criar emprego nas áreas das novas tecnologias informáticas e de comunicação, turismo, atendimento ao cliente e comércio internacional de bens e serviços;

O questionário levado a cabo pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, que identifica as competências mais escassas em Portugal, entre as quais se destaca a competência comercial, marketing e comunicação de informação;

A Estratégia Regional de Especialização Inteligente do Norte que identifica como domínios de especialização prioritários os serviços de turismo, considerando que se trata de um setor com maior crescimento na região e como tal exige uma qualificação da oferta de recursos humanos;

As áreas de educação e formação e saídas profissionais prioritárias propostas para o município, para o ano, que sendo diversificadas, englobam, neste ano letivo as áreas de Termalismo e de Logística.

É importante, também, no processo de concertação das ofertas formativas, auscultar o tecido empresarial local e regional, de forma a adequar estas ofertas às necessidades evidenciadas pelas empresas, na aquisição de técnicos intermédios especializados

Contudo a concertação das redes de ofertas dos cursos profissionalizantes está sempre sujeita às disposições da ANQEP e á seriação da CIM do Tâmega e Sousa.

A nível regional, a EPALC participou em reuniões das Rede de Cooperação dos Cursos Técnicos de Gestão e de Secretariado, com outras Escolas Profissionais congéneres, contribuindo para a definição do perfil, competências profissionais, dos planos curriculares, modularização, conteúdos programáticos, elaboração de programas e planificação de disciplinas da área tecnológica, de acordo com as matrizes definidas pela então ANQEP para a homologação dos cursos a serem inscritos no Catálogo Nacional das Profissões.

Ao participar ativamente nas reuniões promovidas pela ANESPO e por outras Escolas Profissionais contribuiu para:

  • A promoção da colaboração entre as Escolas Profissionais;
  • O reforço da autonomia pedagógica e científica das Escolas, associado à atualização dos Planos Curriculares dos cursos;
  • A melhoria das práticas pedagógicas, através de permuta de experiências, a nível de Formação em Contexto de Trabalho e da Prova de Aptidão Profissional (PAP);

A interação entre municípios, entidades educativas/formativas, entidades patronais e a população em geral, leva a escola a participar regularmente nas reuniões promovidas pela Câmara Municipal de Amarante, destinadas à gestão da rede de oferta formativa no concelho.

De igual forma, a EPALC interage com o meio envolvente através de parcerias e protocolos elaborados com empresas e organizações de diversos ramos de atividade – desde indústrias transformadoras, empresas prestadoras de serviços, de restauração e turismo – que direta e indiretamente concorrem para a futura empregabilidade dos nossos alunos.

Celebramos ainda protocolos locais com entidades públicas e privadas, nomeadamente, com empresas do setor industrial, comercial e hoteleiro, associações desportivas e culturais para a Formação em Contexto de Trabalho.

A EPALC entrou e assumiu-se como uma das entidades instituidoras da REDE, portal que disponibiliza informação sobre as regiões do Tâmega e Sousa e, visando, em outros objetivos, melhorar a adequação entre a oferta de formação e qualificação e as necessidades ao nível concelhio.

O posicionamento e o reconhecimento da EPALC no meio são bastante evidentes, sendo certo que fazem parte do Conselho Consultivo elementos representativos do tecido económico, social, cultural da região.

 

5.     Estrutura organizacional

5.1.  Organograma

5.2.  Equipa formativa

 

Os Professores/Formadores são, sem dúvida, uma mais-valia significativa para a concretização dos nossos objetivos. Desempenham um papel ativo em todo o processo de aprendizagem, fomentando, a par do saber fazer, o saber ser.

Dada a especificidade do modelo pedagógico do Ensino Profissional, impõe-se aliar a total estabilidade do corpo docente nas áreas sociocultural, científica e técnica (mecânica, eletrónica, informática, comunicação, imagem e som) com a rotatividade/diversidade mínimas de outros cursos profissionais ministrados em diferentes triénios.

A EPALC, na Seleção dos seus Professores/Formadores, tem em conta os seguintes aspetos:

  • Cumprimento dos Art.º 30º e 31º do Decreto-Lei 92/2014
  • Adequação dos perfis dos candidatos às exigências previamente definidas;
  • Disponibilidade compatível com as necessidades do Projeto Educativo da Escola;
  • Facilidade de adaptação à mudança e espírito inovador e empreendedor.

 

Espera-se do Professor/Formador um papel ativo que privilegie o processo “Aprendizagem”, em detrimento do processo “Ensino”.

Assim, pretende-se que o Professor/Formador adote uma planificação pedagógica em equipa e uma tomada de decisão partilhada. A Escola procede à avaliação formativa dos processos educativos e está sempre recetiva a atitudes de intervenção e mudança por parte do seu corpo docente. Para tal, cria espaços de autonomia e de reconhecimento do papel individual e social dos seus Professores/Formadores.

Ao nível do corpo docente, é preocupação da EPALC promover sucessivas Ações de Formação de Professores/Formadores, reforçando a coesão do corpo docente e dotando-o, cada vez mais, das melhores práticas e conhecimentos pedagógicos.

A Avaliação da Equipa Formativa é feita de forma sistemática, ao longo do ano letivo. A avaliação do desempenho docente tem como base os seguintes elementos: a avaliação depreendida dos inquéritos aos alunos/as; a autoavaliação recolhida do Relatório Crítico de Desempenho Docente; e a avaliação final dada pela Direção Pedagógica, de acordo com o modelo de avaliação de desempenho em vigor.

5.3.  Corpo não docente

 

O corpo não docente, indispensável ao bom funcionamento da EPALC, encontra-se distribuído por várias categorias e áreas de atividade: serviços administrativos, contabilidade, técnicos, assistentes operacionais, em quantidade e nível de desempenho adequados às necessidades da sede e polos.

 

5.3.1.    Corpo discente

 

Garante o cumprimento das obrigações legais, processuais e de funcionamento a nível administrativo, pedagógico e financeiro. Devem colaborar também na integração dos alunos na comunidade escolar incentivando o respeito das regras de convivência, promovendo o bom ambiente escolar e educativo, contribuindo em articulação com a direção, os docentes, pais e/ou encarregados de educação na prevenção e resolução de problemas comportamentais e de aprendizagem.

As Escolas Profissionais e nomeadamente a EPALC, vieram preencher uma lacuna no sistema educativo, formando quadros intermédios que se querem agentes de mudança, capazes de responder às necessidades do Tecido Empresarial Português.

Partindo deste objetivo, a EPALC adota como filosofia do ensino/aprendizagem uma perfeita integração escolar e social dos seus alunos.

No âmbito da promoção e inserção dos jovens diplomados é prática da EPALC procurar encontrar estágios curriculares em Empresas locais e regionais para os seus alunos/formandos, tendo sempre presente o perfil de cada um, de modo a colocar o jovem certo no lugar certo.

Sucede, na grande maioria das vezes, que após a conclusão dos cursos, os jovens são convidados pela Empresa a ingressar nos seus quadros de pessoal.

A EPALC, dispõe, ainda, de um Serviço de Psicologia e Orientação (SPO). Este assume um papel prioritário, como primeira instância de resposta às necessidades e reencaminhamento dos formandos para as empresas e instituições. Este gabinete tem também como função:

  • Informar, apoiar e orientar os formandos para a inserção no mercado de trabalho, através da divulgação da formação promovida pelas diversas entidades;
  • Organizar grupos para dinamização de sessões práticas sobre técnicas de procura de emprego;
  • Divulgar oportunidades de emprego, entre outras atividades, sempre sob a orientação técnica dos responsáveis;
  • Estimular a confiança e valorizar as qualidades pessoais e profissionais como princípios fundamentais, na procura ativa de emprego.

Além disso, considerando o bom nível do corpo técnico docente e o seu relacionamento permanente com o tecido empresarial local e regional, bem como o reconhecimento por parte destes, da valia do ensino ministrado, tem sido facilitada a inserção do jovem finalista no mundo do trabalho.

 

5.4.  Pais / Encarregados de educação

 

É inegável que a colaboração e participação dos Pais e Encarregados de Educação é fundamental para o sucesso pessoal e profissional dos nossos alunos.

Uma das preocupações atuais é o desenvolvimento Escola/Meio, através da participação orgânica no processo educativo de todos os intervenientes: alunos, docentes, famílias, entidades sócio económicas e comunidade em geral.

Neste âmbito, os Pais/Encarregados de Educação dos alunos fazem parte integrante do Conselho Pedagógico e do Conselho Consultivo.

A EPALC, procura manter encontros formais (reuniões) e pontualmente informais com os Pais/Encarregados de Educação dos alunos, por intermédio da Direção Geral, Direção Pedagógica Coordenadores das respetivas Áreas/Diretores de Curso e Orientadores de Turma. A Escola tenta sempre envolver os Pais/Encarregados de Educação em todas as atividades e projetos dos seus filhos, quer sejam projetos pedagógicos e formativos, quer em apresentações extracurriculares e participações no exterior.

 

 

 

5.5.  Parcerias e protocolos

 

O projeto educativo da EPALC está articulado com a comunidade envolvente e com o desenvolvimento estratégico europeu, nacional e regional orientando-o para comunidades onde está inserido e integrando-o na grande comunidade Europeia à qual pertencemos. Consideramos prioritário passar este testemunho aos mais jovens, consciencializando-os enquanto atores de um espaço constituído por países e culturas diferentes, com interesses comuns e com oportunidades para todos os cidadãos.

O estabelecimento de relações laborais e sociais é inerente à sua existência e ao seu funcionamento. Isto é verdadeiro para qualquer organização, seja qual for o ramo de atividade, e torna-se um lema e uma boa conduta para as organizações educativas, dada a sua vocação comunitária e a estreita relação que estabelecem com as comunidades que servem. A Escola, em si mesma, é geradora de conhecimento e intervém na comunidade, mas para cumprir a sua missão precisa de estabelecer laços e relações de colaboração / parceria com as instituições que a complementam.

A EPALC, desenvolve o seu projeto de formação, em parceria com instituições locais, regionais, nacionais e internacionais, que são fundamentais na relação escola-comunidade-mercado de trabalho.

Desta forma, as empresas/instituições são convidadas as interagir com a escola no objetivo de preparar e dotar os nossos formandos, de ferramentas e conhecimentos que lhes permitam corresponder às exigências do mercado de trabalho.

Estas parcerias e protocolos servem de intercâmbio de experiências e proporcionam aos nossos jovens aprendizagens mais realistas, sobre o mercado de trabalho.

São, sem dúvida alguma, fontes de conhecimento e de saber, e são parceiras fundamentais na realização da na formação em contexto de trabalho onde os alunos aplicam, e desenvolvem os conhecimentos adquiridos na Escola e os correlacionam com o desempenho das suas funções, enquanto funcionário. A sua importância está patente também, quando correspondem e colaboram na taxa de empregabilidade dos nossos formandos.

Promovem também, o contacto com realidades culturais, sociais e laborais distintas daquelas em que estão inseridos, proporcionando aos formandos novos a aquisição de novos conhecimentos sociais e culturais, contribuindo para o alargar do leque de escolhas e caminhos possíveis.

Sem dúvida que as parcerias/protocolos estabelecidos, são uma mais valia e assumem um papel primordial de apoio e colaboração no sucesso do ensino profissional e no sucesso pessoal e profissional dos nossos formandos.

Estas parcerias estão identificadas nas ações que se traduzem,

  • nas sessões formativas/visitas de estudo que se realizam às empresas/instituições;
  • participação de formadores, na componente técnica, que mantém vínculo laboral com sector empresarial;
  • Realização da Formação em Contexto de Trabalho (FCT), através do acolhimento e acompanhamento dos alunos;
  • acolhimento dos nossos alunos para atividades técnico-pedagógicas, extracurriculares.

 

A Nível Local / Regional:

  • Câmara Municipal de Amarante
  • AEA – Associação Empresarial de Amarante
  • IET – Instituto Empresarial do Tâmega
  • CIM Tâmega e Sousa – Comunidade Intermunicipal Tâmega e Sousa
  • Associação Empresarial de Vila Meã
  • Politécnico de Bragança (IPB)
  • Politécnico do Porto (IPP)

           

A Nível Nacional:

  • AEP – Associação Empresarial de Portugal
  • ANESPO (Associação Nacional de Escolas Profissionais)
  • FIDESTRA (Associação para a Formação, Investigação e Desenvolvimento dos Trabalhos)

 

6.     Identificação dos stakeholders

Stakeholders Tipo Responsabilidades Envolvimento Momento de envolvimento (PDCA) Evidências do envolvimento
Alunos Interno Adotar a filosofia do ensino/aprendizagem; Total Planeamento Análise e discussão dos resultados/Planos de Melhorias (Representante dos Alunos – Orgão Consultivo)
Implementação Classificações/registos de assiduidade/sumários/relatórios/planos de recuperação/projetos e atividades
Obter sucesso escolar; Avaliação Autoavaliação, heteroavaliação
Revisão Questionários de avaliação
Corresponsabilizar-se na definição de estratégias para ultrapassar possíveis constrangimentos e colmatar lacunas. Reuniões com Delegados de Turma
Corpo Docente

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Interno Implementar e desenvolver o ensino/aprendizagem de qualidade Total Planeamento Questionário de diagnóstico de necessidades de formação
Colaborar na implementação do processo de garantia da qualidade EQAVET; Implementação Classificações/registos de assiduidade/sumários/relatórios/planos de recuperação/projetos e atividades
Colaborar na definição de estratégias para ultrapassar possíveis constrangimentos e colmatar lacunas; Avaliação Questionários de avaliação
Capacitar os alunos com ferramentas; Divulgação dos resultados da avaliação
Promover nos alunos o desenvolvimento individual, social e profissional para que lhes permita a integração no mercado de trabalho. Revisão Análise e discussão dos resultados/Planos de Melhorias (Representante Orgão Consultivo)
Stakeholders Tipo Responsabilidades Envolvimento Momento de envolvimento (PDCA) Evidências do envolvimento
Corpo Não Docente Interno Colaborar na implementação e desenvolvimento do ensino/aprendizagem de qualidade; Parcial Planeamento Registo de preferência da Oferta Formativa
Implementação Registos das diferentes atividades representativas das suas funções
Colaborar na implementação do processo de garantia da qualidade EQAVET; Avaliação Questionários de avaliação
Colaborar na formação e definição de estratégias para ultrapassar possíveis constrangimentos e colmatar lacunas. Divulgação dos resultados da avaliação
Entidade Proprietária Interno Estabelecer as linhas estratégicas do funcionamento da EPALC   e avaliar resultados. Parcial Planeamento Atas de reuniões
Avaliação Relatório de contas
Revisão Atas de reuniões
Direção Pedagógica Interno Planear e implementar as linhas estratégicas do funcionamento da EPALC. Total Planeamento Atas de reuniões
Implementação
Colaborar na implementação do processo de garantia da qualidade EQAVET.
Avaliação
Colaboração na definição do plano de ação para a melhoria contínua de resultados.
Revisão
Stakeholders Tipo Responsabilidades Envolvimento Momento de envolvimento (PDCA) Evidências do envolvimento
Pais / Encarregados de educação Externo Participar no desenvolvimento individual, social e profissional dos seus filhos/ educandos; Parcial Implementação Reuniões com os encarregados de educação
Envolvimento em atividades e projetos dos filhos/educandos; Avaliação Questionários de avaliação
Participação na avaliação interna da escola. Revisão Análise e discussão dos resultados/Planos de Melhorias (Representante Orgão Consultivo)
Parceiros Institucionais: Nacionais (e locais, regionais); e Internacionais Externo Participar no desenvolvimento individual, escolar, social e profissional do aluno (nacionais); Total Planeamento Plano Anual de Atividades (Representante Orgão Consultivo)
Participação na avaliação interna da escola (nacionais); Implementação Protocolos
Proporcionar intercâmbios de experiências (internacionais); Candidaturas
Fomentar as competências linguísticas e comunicacionais dos alunos (internacionais); Avaliação Relatórios de estágio
Incentivar a troca de saberes com jovens de outras nacionalidades (internacionais); Certificados de Participação
Dar a conhecer realidades culturais, sociais e laborais distintas daquelas em que estão inseridos (internacionais); Participação no Júri das PAP
Colaborar na formação e definição de estratégias para ultrapassar possíveis constrangimentos e colmatar lacunas (ambos). Revisão Análise e discussão dos resultados/Planos de Melhorias (Representante – Orgão Consultivo)
Stakeholders Tipo Responsabilidades Envolvimento Momento de envolvimento (PDCA) Evidências do envolvimento
Entidades Empresariais Externo Proporcionar aos alunos a inserção no mercado de trabalho; Parcial Implementação Ofertas de emprego
Divulgar oportunidades de emprego junto da comunidade educativa; Avaliação Taxas de empregabilidade
Avaliar o desempenho dos empregados; Questionário de avaliação da satisfação dos empregadores
Identificar áreas de formação prioritárias; Questionário de necessidades de formação
Colaborar na formação e definição de estratégias para ultrapassar possíveis constrangimentos e colmatar lacunas.

 

Revisão Análise e discussão dos resultados/Planos de Melhorias (Representante – Orgão Consultivo)
Entidades de Acolhimento Externo Receber, acompanhar e integrar os formandos. Total Planeamento Protocolos
Plano de Formação
Implementação FCT
Avaliação Caderneta de Estágio FCT
Revisão Questionário

 

7.     Responsabilidades no âmbito da garantia da qualidade

 

Responsabilidade no âmbito da Garantia da Qualidade:

 

Direção de Escola – Decide implementar o Sistema de Qualidade Alinhado com o Quadro de Referência Europeu de garantia de Qualidade para a Educação e Formação Profissional

 

Direção Pedagógica – Estabelece os objetivos e metas a atingir. Avalia os resultados, adequa o processo e defines novas metas e objetivos a atingir.

 

Grupo dinamizador da Qualidade – É o grupo responsável pela recolha de informação, pelo tratamento de dados e elaboração dos relatórios. Participam na elaboração da apresentação dos resultados e na definição de novas metas e procedimentos a adotar.

 

Pessoal Docente – Colaboram na definição de metas a atingir para cada grupo-turma, bem como para cada aluno, realizando o diagnóstico individual e coletivo e adequando/ajustando procedimentos no processo ensino-aprendizagem, de forma atingir os objetivos definidos.

Colaboram e participam na recolha de informações junto dos parceiros da instituição.

 

Pessoal Não Docente- Garante o cumprimento das obrigações legais, processuais e de funcionamento a nível administrativo, pedagógico e financeiro. Devem colaborar também na integração dos alunos na comunidade escolar incentivando o respeito das regras de convivência, promovendo o bom ambiente escolar e educativo, contribuindo em articulação com a direção, os docentes, pais e/ou encarregados de educação na prevenção e resolução de problemas comportamentais e de aprendizagem.

 

Alunos- Colaboram na definição de metas e propósitos, através das assembleias de turma e respondem aos vários inquéritos aplicados.

Contudo, o seu sucesso educativo, através da sua participação e empenho na realização das atividades de aprendizagem, são a principal garantia que os objetivos e metas sejam atingidos.

 

Encarregados de Educação- Acompanham ativamente a vida escolar do seu educando, zelando pelo cumprimento dos deveres de assiduidade/pontualidade e disciplina. Pelo cumprimento das tarefas de aprendizagem propostas através da colaboração no processo das aprendizagens, quando forem solicitados. Promover junto dos seus educandos o respeito pelos valores de cidadania, de respeito pelos pares, pelos docentes e pelos não docentes e pelas regras de funcionamento da escola, contribuindo para a preservação da disciplina e da harmonia da comunidade educativa.

Devem procurar comparecer à escola, sempre que solicitados, quer para participar nas reuniões de avaliação, de entrega de avaliações ou para terem conhecimento do desenvolvimento e progresso escolar dos seus educandos.

Nas reuniões trimestrais avaliam os resultados, dão opiniões e sugestões de melhoria e pronunciam-se sobre as metas e objetivos.

 

Empregadores/Empresas- Assumem particular relevância no diagnóstico das ofertas formativas. Contribuem para formação em contexto de trabalho. Promovem o desenvolvimento das skills necessárias para que os alunos desempenhem tarefas específicas inerentes a cada empresa. São a principal fonte de empregabilidade para os alunos, aquando do término da sua formação.

As suas participações no Conselho Consultivo avaliam as metas e realizam propostas de revisão e melhoria.

 

 

 

 

 

 

8.     Responsabilidade no âmbito da garantia da qualidade e indicadores em uso

 

Responsável pela Garantia da Qualidade: Diretor Geral.

A tabela abaixo indicada, elenca as responsabilidades em matéria de garantia de qualidade, os indicadores e as fontes de informação/sistemas de recolha de dados e os mecanismos de controlo e ajuste.

 

Indicadores
Processo Indicador Sistema de Recolha de dados Mecanismos de controlo e ajuste contínuo
PP.01.01                        Planeamento da oferta formativa Taxa de execução do plano anual de atividades (PAA) Plano Anual de Atividades (monitorização) Monitorização de Indicadores e Processos; Plano de Melhoria; Reuniões
Nº turmas aprovadas SIGO
PP.02.01

Seleção de alunos

Procura dos cursos (nº pré-inscrições) Pré-inscrições
Nº alunos matriculados por turma E-schooling
PP.03.01                    Desenvolvimento da oferta formativa Taxa de absentismo E-schooling
Taxa de módulos em atraso E-schooling
Taxa de abandono escolar E-schooling
Taxa de conclusão (Indicador nº 4 EQAVET)

a) Percentagem de alunos que completam um curso em relação ao total dos alunos que ingressam nesse curso

E-schooling
Média global das classificações dos alunos por curso E-schooling
Média global FCT E-schooling
Média global PAP E-schooling
Taxa de execução do PAA Plano Anual de Atividades (monitorização)
Taxa de satisfação da entidade de acolhimento de FCT Questionários à entidade de acolhimento

 

 

Indicadores
Processo Indicador Sistema de Recolha de dados Mecanismos de controlo e ajuste contínuo
PP.04.01                    Empregabilidade e prosseguimento de estudos Taxa de conclusão (Indicador nº 4 EQAVET)

a) Percentagem de alunos que completam um curso em relação ao total dos alunos que ingressam nesse curso

E-schooling
Taxa de colocação após conclusão (Indicador nº 5 EQAVET)

a) Proporção de alunos que completaram um curso e que estão no mercado de trabalho, em formação ou outros destinos no período de 12-36 meses após conclusão do curso

Questionários aos diplomados
Taxa de empregabilidade na área de formação (Indicador nº 6 a) EQAVET)

a) Percentagem de alunos que completaram um curso e que trabalham em profissões diretamente relacionadas com o curso que concluíram

Questionários aos diplomados
Satisfação dos empregadores (Indicador nº 6 b) EQAVET)

b) Percentagem de empregadores que estão satisfeitos com os formandos que completaram um curso de EFP

Questionários aos empregadores
PP.05.01                         Gestão Administrativa e Financeira Grau de satisfação com os serviços administrativos Questionário de avaliação de satisfação
Taxa de execução orçamental das candidaturas Balcão 2020
PP.06.01                    Marketing e Comunicação Reporte estatístico das redes sociais Relatório de controlo das estatísticas das redes sociais
Dados estatísticos de acesso ao site Relatório de controlo das estatísticas do site
Percentagem de gastos em publicidade, em relação ao orçamento global Orçamento global
PP.07.01                         Gestão de Recursos Resultado da avaliação de desempenho Grelha de avaliação de desempenho
Grau de cumprimento do orçamento Orçamento global
Grau de satisfação dos colaboradores Questionário de satisfação dos colaboradores
Taxa de cumprimento do plano de formação Plano de Formação (monitorização)

 

Indicadores
Processo Indicador Sistema de Recolha de dados Mecanismos de controlo e ajuste contínuo
PP.08.01

Gestão do SGQ e Melhoria Contínua

Taxa média no cumprimento da meta dos indicadores Documento de Monitorização de Indicadores
Nº de não conformidades na auditoria interna Relatório Auditoria Interna
Nível do selo EQAVET Relatório Auditoria Externa (ANQEP)

 

9.     Explicitação da estratégia de monitorização de processos tendo por em conta as fases do ciclo de qualidade

 

A implementação e o desenvolvimento da garantia da qualidade em 4 dos pilares principais:

Fase do Planeamento – As metas e objetivos que estabelecemos, estão alinhadas com a Estratégia  Europa 2020 e o Programa Operacional de capital Humano, que definem políticas europeias neste âmbito. A nível Nacional, seguimos as orientações da ANQEP –  Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional, que em articulação com a DGEST e a CIM – Tâmega e Sousa, desenvolvem o processo de planeamento e concertação das redes de oferta formativa.

O planeamento reflete uma visão estratégica partilhada pelos stakeholders Internos (docentes, não docentes e alunos) e o stakholders externos (encarregados de educação, empresas de acolhimento de FCT, empregadores, parceiros sociais) pertencentes  a esta Instituição e que que devem participar ativamente no Sistema de Qualidade, avaliando continuamente o desempenho da EPALC, apresentando sugestões de melhoria e de estratégias a implementar para atingir as metas/objetivos definidos.

A Equipa Dinamizadora da Qualidade (colaboradores  designados pela Direção da Escola, representativos dos vários departamentos/grupos disciplinares) e o Conselho Consultivo (representante das entidades de acolhimento de FCT, empregadores, parceiros sociais, representante da equipa de qualidade), contribuem também na recolha de informação que contribui para a melhoria contínua da EPALC, através da discussão, em sede de reunião, da análise dos resultados alcançados e debatidos os objetivos futuros e a definição das estratégias.

Daqui decorre a definição das metas essenciais ao Plano de Melhoria.

 

Fase da Implementação – O Plano de Melhoria tem como objetivo essencial a definição de medidas a implementar tendo em vista a evolução positiva dos resultados até então obtidos, em todos os indicadores.

A implementação das ações concebidas com os stakeholders, decorrem das metas/ objetivos a atingir e são apoiados por parcerias e protocolos criados com diversas empresas/instituições.

Nesta fase, a importância do desempenho de cada um(a) no processo é essencial, por isso a necessidade da formação contínua dos recursos humanos da entidade.

A elaboração do Plano de Melhoria da escola representa, para toda a estrutura, o momento de avaliar e rever o desempenho da instituição. Só refletindo sobre estes pressupostos se pode reestruturar, melhorar e avançar.

Baseia-se nos resultados efetivos em termos de indicadores de resultado e monitorização, sendo assim um documento de referência para toda a estrutura da escola.

Fase da Avaliação – A utilização do Programa de Gestão Pedagógico, auxilia os demais na identificação de situações inerentes ao processo, como faltas dos alunos e não concretização dos módulos, contribuindo assim para a realização de ações/medidas preventivas.

O envolvimento dos Stakholders, a avaliação de resultados e processos regularmente efetuada permite identificar as melhorias necessárias. Nesta fase também são preenchidos os inquéritos de satisfação de modo a recolher e analisar os níveis de satisfação dos(as) interessados(as).

Fase da Revisão – Os resultados da avaliação são utilizados para se elaborarem planos de ação adequados à revisão das práticas existentes, com o objetivo de melhoria contínua. Para um melhor empenho de todas as partes interessadas, os objetivos, os critérios, as fases do ciclo da qualidade e a documentação que sustenta a nossa ação, são conceitos partilhados, para que a monitorização e os resultados sejam um compromisso de todos(as) os(as) intervenientes. Periodicamente (trimestralmente e no final de cada ano letivo), através dos dados recolhidos, procede-se à análise dos resultados dos indicadores e estratégias implementadas e à sua comparação com as metas e indicadores estabelecidos nos documentos estruturantes da Escola. Estes resultados permitirão aferir o grau de concretização das metas estabelecidas no Projeto Educativo e aferir os desvios verificados, relativamente aos indicadores EQAVET implementados. Caso se verifiquem desvios serão reajustadas as estratégias e implementados planos de melhoria com a colaboração de todos(as) os(as) intervenientes.

Considerando que o Projeto Educativo (PE) e o Plano Anual de Atividades (PAA), são os documentos de referência para o planeamento e desenvolvimentos das diversas ações ao longo do processo de avaliação bem como das tarefas implícitas neste processo, pretendemos recorrer às seguintes metodologias:

  • Na primeira quinzena de outubro, os Conselhos de turma das turmas de 10º ano, identificarão e definirão em proposta as metas relacionadas com os parâmetros de aproveitamento escolar (módulos realizados), desistências, assiduidade. Estas propostas, serão analisadas e validadas em Concelho Pedagógico.
  • Até final de junho os conselhos de turma dos 10º e 11º ano, pronunciar-se-ão sobre a definição de metas para adotar no ano seguinte. Estas propostas, serão analisadas e validadas em Concelho Pedagógico.
  • No final do 2º período, os conselhos de turma das turmas de 12º ano definirão propostas de metas para os indicadores: taxa de conclusão; taxa de prosseguimento de estudos; taxa de colocação no mercado de trabalho; taxa de colocação na área de formação e grau de satisfação dos empregadores/empresários.

 

Processamento da recolha de dados

  • Início do ano letivo, aplicação do registo sócio biográfico a todos os alunos, de forma a conhecer a realidade sócio económica e percurso escolar dos alunos. O tratamento desta informação é realizado pela direção pedagógica com a colaboração dos diretos de turma.
  • No final de cada período letivo, serão recolhidos do programa pedagógico os dados referentes a desistências, módulos por concretizar e horas para reposição.
  • Antes do final do ano letivo, será entregue aos alunos do 12º ano um questionário de avaliação sobre vários aspetos relacionados com a dinâmica escolar. Estes dados serão tratados e inseridos no parâmetro do balanço do ciclo de formação.
  • No final de dezembro será apurada a taxa de conclusão do ciclo de formação, através da leitura dos dados existentes no programa pedagógico e incluída no balanço final do ciclo de formação.
  • Num período de 6 a 9 meses após conclusão do curso, será aplicado um questionário para apurar a taxa de empregabilidade, taxa de prosseguimento de estudos e taxa de colocação dos alunos na sua área de formação. O relatório será elaborado até 31 de julho. Este apuramento será realizado novamente, 18 meses depois.
  • O inquérito de satisfação às empresas será realizado 18 meses após a inclusão do aluno.

Para assegurar o cumprimento das metas definidas, para a avaliação e correção dos procedimentos e adequação das estratégias definidas para a sua concretização, iremos recorrer a adoção de ações sistemáticas e periódicas nos seguintes órgãos:

  • No final de cada período, o Conselho de Turma avalia os indicadores relativos à assiduidade, aproveitamento escolar e desistências. Estes resultados serão entregues aos alunos e EE.
  • No início do 2º e 3º período o Conselho Pedagógico fará a análise e avaliação destes resultados.
  • A direção pedagógica analisará os resultados e definirá orientações comuns a adotar.

No final de cada ano letivo e até o fim do mês de outubro do ano letivo seguinte, será elaborado o Relatório de Auto-avaliação, incidindo sobre os resultados dos principais indicadores tendo como objetivo colaborar na redefinição dos objetivos, para o ano seguinte.

10.  Análise integrada dos resultados dos indicadores

 

No final de cada ano letivo são analisados os resultados dos indicadores e compilados esses resultados num relatório de autoavaliação que tem por objetivo auxiliar a definição de objetivos para o ano seguinte.

Caso sejam verificados desvios, é criado, com a participação de todos os stakeholders, um plano de ações de melhoria, baseado nos resultados dos indicadores. As conclusões decorrentes desse relatório de autoavaliação serão divulgadas no final de cada período letivo e no final de cada ano escolar, nomeadamente no conselho pedagógico, de modo a poder recolher sugestões que permitam a melhoria dos resultados obtidos.

O respetivo relatório também estará disponível na escola para consulta das restantes partes interessadas.

No final de cada ano letivo e até o fim do mês de outubro do ano letivo seguinte, será elaborado o Relatório de Auto-avaliação, incidindo sobre os resultados dos principais indicadores tendo como objetivo colaborar na redefinição dos objetivos, para o ano seguinte.

Neste relatório, serão também colocadas o resultado das evidências da taxa de empregabilidade, percentagem de alunos na respetiva área de formação, utilização prática das competências teóricas adquiridas e grau de satisfação das empresas empregadoras.

Para cada um destes indicadores, será definido um plano de ação que poderá conter mais do que um objetivo específico e que considerando os principais resultados obtidos no Relatório de Auto-avaliação, definirá metas e objetivos para o ano letivo seguinte, aspetos a melhorar, estratégias e etapas para alcançar estes objetivos, identificará os atores responsáveis pela implementação destas estratégias, assim como a calendarização destas ações e realização da avaliação comparativa para a medição do sucesso das ações.

11.  Diagnóstico estratégico

 

Na definição do presente plano estratégico de intervenção tivemos em atenção os principais constrangimentos sentidos dos anos letivos transatos, através da observação direta e confirmados pelas ferramentas de autoavaliação interna, rumo à certificação alinhado com o quadro EQAVET.

12.  Metas e estratégias para o triénio 2020-2023

 

Tendo em conta o plano estratégico e de forma a melhorarmos a nossa prestação, apontamos os seguintes objetivos prioritários:

  • Implementação certificação do SG, em alinhamento com o EQAVET;
  • Aquisição de uma nova cultura organizacional;
  • Formação: Qualidade da formação/Desenvolvimento de novas oportunidades de formação.

É nosso objetivo, interpretar os níveis de absentismo e desmotivação e junto do seu corpo docente e à luz da sua flexibilidade curricular, encontrar estratégias de incentivo e motivação acrescidas, que congreguem vontades em toda a comunidade educativa e despertem nos jovens, vontade de aprender, de participar e de assumir as suas responsabilidades.

Assim sendo, propomo-nos a cumprir os objetivos específicos acima referidos.

Pretendemos criar um novo paradigma de escola e de Instituição escolar, que vê a sua comunidade como indissociável dos fatores bio, psico-sociais.

Assim sendo, e para aprofundar a educação pela cidadania, daremos especial relevância ao desenvolvimento de competências sociais como:

  • desenvolvimento das capacidades de empatia e de relacionamento com os seus pares;
  • desenvolvimento do espírito crítico, de iniciativa, de colaboração e participação em atuações de intervenção social e pessoal;
  • desenvolvimento de projetos com a comunidade, promovendo e incentivando os valores sociais de justiça, equidade, respeito, solidariedade, coragem e empatia.

 

13.  Avaliação do projeto educativo

 

Enquanto ferramenta promotora da qualidade e da eficácia da ação educativa, o projeto educativo deve ser avaliado num processo que se constitui não só como um meio de análise e de reflexão sobre a organização da estrutura educativa, como também num veículo de promoção de boas práticas pedagógicas, de melhoria de resultados e de constante aperfeiçoamento do serviço prestado à comunidade.

A avaliação do Projeto educativo será realizada no âmbito do Sistema de Garantia da Qualidade e efetuada através de mecanismos de

  • Verificação da transposição dos objetivos definidos no Projeto educativo para os processos de ensino e de suporte da EPALC, onde serão executados, monitorizados e avaliados;
  • Avaliação interna por ano letivo (alunos, encarregados de educação, professores, pessoal não docente e direção);
  • Acompanhamento do Mapa de indicadores;
  • Auditorias internas (verificação no terreno do cumprimento e desenvolvimento do Projeto Educativo);
  • Auditorias externas.

Como documento de suporte à concretização do Projeto Educativo, o Plano de Ação é, por excelência, o documento de planeamento que define as atividades a desenvolver, em consonância com os princípios orientadores do Projeto Educativo.

 

14.  Conclusão

 

O Projeto Educativo da EPALC – Escola Profissional António Lago Cerqueira terá que refletir sempre uma educação centrada na “pessoa” do aluno.

Sabemos que o conhecimento não deve depender de uma mera transmissão de conhecimentos e que o professor tenderá a posicionar-se mais como um mediador na aprendizagem e que esta deverá cada vez mais desenvolver-se para fora dos limites da Escola.

Procuraremos estar mais atentos à necessidade de transmitir e desenvolver processos para aprender, investigar e descobrir, mais do que transmitir factos e conhecimentos. No entanto, vamos ter de decidir o papel que queremos desempenhar nessa Escola, cada vez mais complexa e pluridimensional, onde todos os problemas residuais da sociedade se refletem. Problemas para os quais os profissionais do ensino não tiveram qualquer preparação e com os quais vão lidando, resolvendo-os à custa de um posicionamento sobretudo empírico e emocional.

Deveremos implementar um modelo que permita na Escola trabalhar-se com 20 alunos, assim como com 2, garantindo a mesma eficácia de processos e atendendo aos grupos diferenciados e às necessidades específicas individuais e coletivas dos alunos.

Queremos afirmar e consolidar o nome da Escola Profissional António do lago Cerqueira como instituição de referência na educação e formação determinante na inserção sócioprofissional dos jovens da região e como parceira credenciada das restantes estruturas empresariais e profissionais locais.

Queremos afirmar e confirmar os cursos da EPALC, como uma primeira escolha para os jovens que a procuram. Para isso, propomo-nos  a continuar a estabelecer elos de comunicação e informação com a rede de escolas básicas, locais e regionais no sentido de se criarem canais de informação constantes, que permitam aos alunos e professores orientadores, desde cedo, aceder a toda a informação relativa aos cursos e áreas de formação existentes na Escola Profissional António Lago Cerqueira (EPALC) e que poderão constituir-se como alternativa válida e de primeira escolha para estes alunos.

Pretendemos enraizar na comunidade educativa, um espírito de cooperação e colaboração que reforce os elos de ligação entre todos os intervenientes deste universo formativo.

Um outro aspeto que tem constituído uma preocupação fundamental do nosso Projeto Educativo, prende-se com a questão de cultivar nos alunos, logo a partir do início da sua formação, um sentido empreendedor desafiando os alunos a criarem nos seus projetos escolares, um modelo de inovação que possa constituir-se como postura matriz na sua vida e no seu percurso profissional.

A este posicionamento da Escola perante o futuro dos seus formandos, deve acrescentar-se um significativo incremento nas metodologias utilizadas na preparação dos alunos para a capacidade de resolução e pró atividade, perante as situações e desafios que a profissão lhes vai colocando.

Ao mesmo tempo, deve a Escola criar nos seus formandos, soft skills, estruturas mentais e suportes afetivos que preservem e reforcem os seus níveis de autoconfiança e motivação.

Muita desta inquietação que se apodera das Escolas e dos Formadores, reside na responsabilidade acrescida e da necessidade de preparar os jovens para um futuro competitivo e incerto, em termos de real dimensão, complexidade e potenciais oportunidades.

Desta forma, este processo requer o empenho e a colaboração de todos os intervenientes no processo educativo e que envolvem toda a comunidade educativa, desde os pais e encarregados de educação aos organismos políticos e sociais, locais e nacionais, na tentativa de atenuar a tarefa que consiste em preparar, os alunos, para um tempo em constante mudança e de enorme imprevisibilidade.

Preparar os alunos para o futuro é o nosso objetivo essencial.

Desta forma, e resumindo como nosso objetivo essencial atingir os seguintes vetores estratégicos, que destacamos:

  • Assegurar a aquisição de saberes e competências de natureza sociocultural, científica e técnica aos jovens e adultos;
  • Contribuir para a Formação dos jovens e adultos com respeito pelos valores fundamentais da liberdade, democracia e solidariedade;
  • Capacitar os jovens e os adultos para o exercício profissional qualificado sem descurar a possibilidade de prosseguimento de estudos;
  • Incitar os adultos aos reconhecimentos das competências e à formação, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida;
  • Adotar práticas e modelos pedagógicos assentes na estrutura modular, pedagogia de projeto e pedagogia da individualização;
  • Adotar mecanismos de aproximação da Escola ao meio empresarial e à comunidade envolvente;
  • Manter e melhorar os mecanismos de inserção na vida ativa e de acompanhamento profissional dos diplomados;
  • Apostar na internacionalização da Escola, nos estágios e intercâmbios a realizar no espaço europeu e PALOP;
  • Apoiar manifestações de criatividade que evidenciem propensão para o empreendedorismo;
  • Adotar uma política de dotação de instalações, equipamentos e recursos humanos ajustada às necessidades da escola;

No final de cada ano analisar os resultados dos indicadores e compilar esses resultados num relatório de autoavaliação que tem por objetivo auxiliar a definição de objetivos para o ano seguinte. Para além desta definição, a criação de um plano de ações de melhoria, baseado nos resultados dos indicadores.

A divulgação dos resultados será realizada através dos seguintes meios:

  • Nas reuniões de conselho pedagógico;
  • Nas reuniões de conselho de diretores de turma e coordenadores de curso;
  • Nas reuniões de conselhos de turma;
  • Nas reuniões com encarregados de educação;
  • Nas reuniões do conselho consultivo;
  • No site da EPALC (para consulta pública e para os restantes stakeholders).

Vivemos numa sociedade em constante mudança, que exige adaptações permanentes aos desafios diários que são apresentados.

A necessidade de mudança e adaptabilidade são conceitos fundamentais para acompanhar a evolução social.

Assim sendo, é fundamental repensar o conceito de Escola e procurar refletir sobre o atual modelo de Escola que, sobre o seu modelo organizativo e sobre as correlações existentes entre os seus atores principais que são os Professores, Alunos, Encarregados de Educação e Meio Económico-social envolvente, estando cientes da importância primordial do papel da família eixo principal e decisivo para o futuro dos nossos alunos.

Por isso, devemos repensar o que é que na nossa organização, deve ser equacionado e alterado, no sentido de colocar a instituição educativa no papel que lhe é devido numa sociedade, contribuindo para a formação/instrução da população, mas também proporcionando aprendizagens que os enriqueçam enquanto Seres Humanos, providos de valores de respeito, consideração, educação, pelo próximo.

Desta forma, é imperativo implementar um modelo de ensino que se adeque às novas exigências e se assuma como uma alternativa consistente e fiável, construída em bases sólidas do rigor, profissionalismo, competência, sucesso, empenho e dedicação para com os nossos alunos, procurando contribuir afincadamente para o sucesso pessoal e profissional de cada um.